sexta-feira, 20 de agosto de 2010

INTER - Bi da América - Obrigado colorado





Não tenho nada a dizer, apenas divulgo a crônica de Luiz Fernando Veríssimo chamada -- Não me Acordem -- que foi escrita após a conquista do primeiro mundial do inter em 2006 e tem tudo a ver com o momento atual.

O passado é prólogo. Certos acontecimentos dão força a esta frase, transformam tudo que veio antes em preliminar, em mero antecedente. Ou, para usar outro termo literário, em prefácio. Você se dá conta de que tudo que houve até ali - toda uma vida, toda uma história - foi simplesmente preparação para aquele certo momento, depois do qual nada será como era. E o passado ganha uma lógica que não tinha. Você passa a entender tudo em retrospecto. Tudo tinha um sentido que você apenas não percebera, na falta do momento máximo. A vitória do Grêmio em Tóquio em 83, os anos medíocres, o quase rebaixamento, as finais desperdiçadas, os vexames, as desilusões - tudo era prólogo para ontem. Agora ficou claro, agora ficou lógico. O próprio destaque como melhores do mundo conquistado pelo Barcelona e pelo Ronaldinho fazia parte da preparação para o nosso 17 de dezembro, que não teria o mesmo gosto épico se o adversário fosse outro. Tudo era armação para aumentar o brilho e o drama do nosso momento máximo. Tudo se encaixava. Ou você pensa que a saída do Pato e do Fernandão, ontem, foi obra do acaso, esse autor sem imaginação? O resultado de ontem veio sendo construído aos poucos, desde antes da fundação do Internacional, antes de Pedro Álvares Cabral, antes de Homero e das Pirâmides. E eu sabia que havia uma justificativa histórica para o topete do Gabiru. Há dias a leitora Poliana Lopes me lembrou de um texto que eu tinha escrito, e esquecido. Ela teve a gentileza de me mandar o texto, e eu peço licença para repeti-lo agora. Era assim: "Meu caro colorado. Desculpe esta carta a céu aberto, é que não sei nem seu nome nem seu endereço. Na verdade, só vi você na rua, de mãos dadas com seu pai e cercado pelos seus irmãos, que vestiam a camiseta do Grêmio (suponho que fossem seu pai e seus irmãos). Você estava com a camiseta do Internacional. Quase parei o carro para olhar melhor, mas não era miragem. Você tinha uns quatro ou cinco anos e estava de camiseta vermelha! Seu pai vestia uma camisa branca exemplarmente neutra, mas posso imaginar como tem sido a sua vida em casa. As provocações, os petelecos, a flauta, o martírio. E lá estava você de camiseta vermelha, o antigo escudo orgulhosamente no peito, desafiando todas as provações. Não sei se você sabe que vários colorados da sua geração não agüentaram e trocaram de time. Levaram pais e avós ao desespero, mas não suportaram a pressão do sucesso gremista. Você agüentou. Você não sabe, mas é um herói. E fiquei pensando que, quando for a nossa vez de novo, teremos certamente a torcida mais dedicada, fiel, convicta e feliz do Brasil. Porque será a torcida dos que resistiram. Agüente só mais um pouco. Meus respeitos." Mas isto tudo também pode ser um sonho. Se for, por favor: não me acordem.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

E agora foi em Pinhal Grande!!


Que aventura este fim de semana.

Pinhal Grande, confesso que nunca tinha escutado o nome desta cidade, nunca tinha ido para a região de Santa Maria, fora a própria Santa Maria.

Depois de decidir que iriamos para a cidade, fazer uma caminhada, fui buscar um pouco de informação na internet. No wikipédia, pouca coisa, uma região que era caminho para levarem gado para o norte do Brasil, costeada pelo rio Jacuí com a barragem de Itaúba, não muito mais do que isto.
Mas...
Para chegar lá, só chão batido, o que acabou deixando a cidade bem isolada, ela fica no topo de uma serra bem no meio do Rio Grande do Sul e sua paisagem lembra a de São Francisco de Paula, muios campos.
Cidade pequena, todas as pessoas que entramos em contato tiveram o prazer de nos ajudar em algum momento, seja com carona, com comida, com dica do melhor caminho e com água. Daquelas cidades que a maior parte da cidade se reúne na missa de domingo para depois almoçarem todos juntos no salão da Igreja, com direito a bingo cuja o prêmio era uma ovelha, bem gorda. :-)

Quando eu estava andando, la no alto da serra, no meio do rio grande, de um lado campo, de outro campo, um solzinho quente misturado com um vento gelado tocando meu rosto, respirei fundo, respirei fundo novamente e curti o momento, curti cada segundo deste passeio que para minha surpresa, o que se destacou não foi a distância percorrida, nem o objetivo alcançado, mas foi a fusão do ambiente com as pessoas e o ar de interior de verdade.

Eu com certeza não me adaptaria a uma vida no interior, mas também não consigo viver somente na cidade. É bom sentir o gostinho do isolado, as vezes. É bom sabermos que nossas relações não foram sempre assim como são na cidade grande, onde paramos a centímetros de outra pessoa e nem a olhamos nos olhos. Um trem lotado de pessoas sós.

Enquanto em Pinhal Grande..... pessoas percorrem longos caminhos para ficarem juntas :-)

Incrível e bom perceber isso

Segue o link para as fotos: http://picasaweb.google.com/amaro7lucas/PinhalGrande#

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Por um lugar ao Sol



Uma época do ano, apenas em uma época, durante uma semana, na mesa de onde eu trabalho aparece uma nesga de Sol. Ela reflete na mesa e como acontece durante o inverno, ela é bem quentinha e gostosa. Acontece durante 10 minutos e pela manhã, perto das 10 horas. Só uma nesga... e eu coloco meu rosto entre a nesga de sol e a mesa. Sinto o sol no meu rosto e é muito bom.

Passou esta época e agora não tenho mais a nesga de sol na minha mesa.

No monitor do meu serviço tenho um papel de parede se Ushuaia, um lago lindo e as montanhas atraz.

Aquela foto de Ushuaia é meu passaporte para a liberdade, pelo menos a liberdade da minha mente que foge das janelas que uso no dia-a-dia. Chego a sentir um calorzinho fraco do Sol de Ushuaia.

Derrepente passa, ops, é a nesga de Sol indo em bora e o meu gelado dia de trabalho retorna. Ao redor, paredes, muitas paredes e muros.

Mas meu pensamento não me abandona e o papel de parede continua lá, como um raio de sol, mas esse não me abandona.

Flw

Não atualizei...

Foi mal mas eu não tava afim e não atualizei o post da Mtv, quem quiser mais detalhes vai la no soy-nomada que tem tudo explicadinho. Agradecimento ao meu amigo Lucas Amaro